sábado, 10 de março de 2012

TRABALHO DE TGA

Max Weber

Nasceu no dia 21 de abril de 1864 em Erfurt na Turíngia e faleceu no dia 14 de junho de 1920 aos 56 anos de idade. De uma invejável erudição abordou em suas obras, a maioria de publicação póstuma, os mais variados campos de pesquisa: a religião, a lei, o mundo antigo, a história econômica, a política e, principalmente, as ciências sociais. É considerado um dos clássicos da sociologia. Essa amplitude de interesses lhe rendeu a reputação de analista social e profeta político. Donald Gunn MacRae¹ descreve Max Weber como um labirinto de tensões, polaridades, ambiguidades e contradições (?), nascidas do seu próprio caráter, fazendo ser uma das figuras cimeiras da imaginação social do século. Devemos estar cônscios de que nada de concludente ou definitivo pode ser dito de Max Weber, um pensador de tantas e variadas facetas.

Seguindo a linha de pesquisa não podemos deixar de enfatizar o vocabulário alemão e o uso weberiano da linguagem, por ser de grande valia, pois é esclarecedor para quem permeia seus escritos e percebe-se o estilo genuíno de deveras rebarbativo. Amiúde o estilo, sobretudo os que alimentam ideias originais sobre matérias novas e em desenvolvimento, amadurecem tarde.

A reputação e o nome de Max Weber, sem dúvida, ele é muito mais conhecido hoje do que foi enquanto viveu. É tido por alguns como um Mago, pois seus livros se não são lidos, trescalam obscuridade, sabedoria e uma promessa de revelação, ao mesmo tempo, misteriosos e torturantes. Resultado é de enfurecer os mais fleumáticos, já que é possível contemplar em sua obra a eloquência, a disciplina de raciocínio, aridez, distinção, erudição, hermetismo e superficialidade. Por essas e outras qualidades Max weber é tido como fundador e pai da sociologia, inexaurível autoridade. Foi um grande especialista em diagnósticos sociológicos que nos fala sobre as origens e verdadeira essência da sociedade industrial.

Teoria das Organizações

Antônio César Amauru Maximiano² descreve que de acordo com Max Weber as organizações formais ou burocráticas modernas baseiam-se em leis e que as pessoas as aceitam por acreditarem que são racionais, ou seja, são definidas em função do interesse delas próprias e não para satisfazer aos caprichos arbitrários de um dirigente. As pessoas também aceitam que algumas representem a autoridade da lei que é compartida da responsabilidade que têm essas pessoas de zelar pelo cumprimento da lei. A obediência é devida às leis e às pessoas que a representam e que agem dentro de uma jurisdição.

As organizações formais ou burocráticas apresentam três características principais que as diferem das organizações informais ou primárias. Essas características foram criadas por Max Weber e são chamadas de “tipo ideal de burocracia”. É um modelo abstrato que procura retratar os elementos que constituem qualquer organização formal do mundo real:

Formalidade. As burocracias são essencialmente sistemas de normas. A figura da autoridade é definida pela lei com objetivo a racionalidade das decisões baseadas em critérios impessoais.

Impessoalidade. As pessoas são ocupantes de cargos, e algumas são de figuras de autoridades, ou posições formais. A obediência é, portanto, devida aos cargos e não aos ocupantes destes e todos devem seguir as leis.

Profissionalismo. As burocracias são formadas por funcionários e estes são remunerados, portanto, as burocracias funcionam como sistema de subsistência para os funcionários.

Os regimes surgem do desejo de poder e da necessidade de ordem, da tenacidade de possessão e da obediência prudente de inúmera gente. As mudanças presentes e a intervenção do Estado, no padrão financeiro e industrial em nome dos interesses da harmonia interna em defesa do poderio nacional, fizeram com que Max Weber professasse com intuito meramente heurístico e descrevesse com precisão e com seu nominalismo a sua obra substantiva onde propunha revestir de carne o esqueleto dos tipos ideias escolhendo os que eram abstração de fenômenos exemplificativos da heteronímia de fins. Fica exposta aqui a analogia de fatos e comportamentos que têm as suas vertentes relativas à visão de quem as analisam. Max Weber mesclava seus conhecimentos em distintos campos o que dificultava a clareza de seus escritos e facilitava as mais diversas interpretações, portanto, ele definia os fatos de forma comparativa as próprias experiências e conhecimentos, transitando em pontos distintos e específicos, criando labirinto de pensamentos amiúde que ele próprio antecipava o resultado sem descrever muitas vezes a conclusão de suas ideias.

Conclusão

Ir à busca do conhecimento é filtrar as informações posicionadas em uma perspectiva adequada, analisando os fatos, tomando o que é útil e valioso, descartando o imprestável que induza a falsas interpretações e a confusão e o equívoco. Definir conceitos que possam ser corroborados ou refutados, isso é ciência: o labor intelectual em meio obscuro e complexo que robustece o desejo de clareza, ainda que revele áreas por explorar. Se vivemos em um mundo de pensamentos temos que defrontar outra faceta a de paradigmático e exemplar, por toda uma série de razões, nos antagonismos também há complementaridade na medida em que os que são considerados arquétipos.

Ainda que atuemos com o máximo de racionalidade calculada, baseados numa cuidadosa avaliação de provas empiricamente examinadas, estaremos sempre atuando com outros e os resultados de nossos cometimentos, mesmo que alcancemos nossos propósitos, não são esgotados pelas metas que nos propusemos.

Referências

1. MACRAE, Donald Gunn. As ideias de Weber. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Ed. Cultrix/USP, 1975.

2. MAXIMIANO, Antônio César Amauru. Teoria Geral de Administração. p.p. 68-70. 1ª ED. São Paulo: Ed. Atlas, 2008.